Imposto de Renda 2025: 5 erros que te levam para a malha fina e 5 ‘macetes’ para pagar menos

Aberto desde a última segunda-feira (17), o período para declaração do Imposto de Renda segue até o próximo 30 de maio. No entanto, alguns contribuintes acabam tendo que pagar valores maiores por conta de erros na declaração, além de desconhecer “macetes” na hora de fornecer as informações para a Receita Federal. Veja algumas opções para pagar menos e quais equívocos evitar.

Declaração do Imposto de Renda tem 'macetes' que ajudam contribuinte a pagar menos, mas também tem erros que podem fazê-lo pagar mais - Foto: Vivian Leal/ND

Declaração do Imposto de Renda tem ‘macetes’ que ajudam contribuinte a pagar menos, mas também tem erros que podem fazê-lo pagar mais – Foto: Vivian Leal/ND

A Receita, hoje, é digitalizada e possui uma grande capacidade de cruzar dados e informações dos contribuintes junto a bancos, planos de saúde e outras instituições. Divergências na declaração podem levar a pessoa para a malha fina, exigindo que o contribuinte comprove algumas informações antes de receber a restituição e tenha risco de pagar multas.

5 erros comuns na hora de declarar o Imposto de Renda

Deduções em despesas médicas

As deduções do Imposto de Renda estão entre os principais motivos que levam os contribuintes à malha fina, principalmente em questões ligadas a despesas médicas. Quando elas são declaradas, porém não são confirmadas pelas clínicas ou hospitais, é apontada uma inconsistência. É importante guardar os comprovantes por pelo menos cinco anos.

Neste ano, os recibos médicos só poderão ser enviados eletronicamente, por meio do aplicativo da Receita Federal. Segundo o Fisco, a medida visa eliminar inconsistências nas declarações de Imposto de Renda, exigindo que profissionais de saúde o aplicativo do órgão para emitir os recibos, o que alimenta a base de dados.

Omissão de rendimentos

Dinheiro pago por serviços que não for declarado também causam problemas para o contribuintes, especialmente quando é para trabalhos, “bicos” e outros serviços esporádicos em que há recebimento de valores. Deixar de declarar esses rendimentos ou informá-los de forma incorreta gera inconsistências. É sempre importante guardar recibos quando esse tipo de serviço for realizado.

Os erros relacionados à omissão de rendimentos são mais comuns entre profissionais autônomos. A omissão de rendimentos de dependentes, especialmente de filhos com estágios ou empregos informais, também é uma situação recorrente e pode levar o contribuinte à malha fina.

Omitir ou errar a declaração de valores recebidos por serviços temporários ou esporádicos levam o contribuinte para a malha sina - Foto: Getty Images/iStockphoto/ND

Omitir ou errar a declaração de valores recebidos por serviços temporários ou esporádicos levam o contribuinte para a malha sina – Foto: Getty Images/iStockphoto/ND

Diferenças no IRRF

O IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) é uma forma de pagamento de tributo realizado por uma empresa diretamente na folha de pagamento de um colaborador CLT. Diferenças entre os valores declarados e os informados pelas empresas também levam o contribuinte para a malha fina.

Rendimentos acumulados

Outro erro a ser evitado são as diferenças entre as informações fornecidas sobre rendimentos recebidos acumuladamente pelas fontes pagadoras e as declaradas pelos contribuintes. Valores recebidos em ações trabalhistas e revisões de aposentadoria devem ser informados corretamente, já que a Receita Federal não fornece informe de rendimentos nesses casos.

O contribuinte é responsável por organizar e declarar esses dados. Caso haja inconsistências entre o que foi informado e as informações que a Receita Federal possui, a declaração pode ser retida para verificação.

Carnê-leão

O Carnê-leão é uma forma que a Receita Federal recolhe o Imposto de Renda para os trabalhadores que recebem seus pagamentos do exterior ou por meio de pessoas físicas – ou seja, quando a fonte pagadora não é um CNPJ brasileiro que declara o imposto direto na fonte.

Para evitar inconsistências, é importante manter todos os informes de rendimentos e documentos que comprovem os ganhos. Caso divergências nos valores declarados pelos pagadores e pelos contribuintes sejam notadas, a declaração é retida na malha fina.

5 ‘macetes’ para pagar menos Imposto de Renda

Tipo de declaração

A declaração do Imposto de Renda pode ser feita de forma simplificada ou completa. A Receita Federal oferece ambas as opções e, na declaração, mostra o valor a ser pago em cada uma delas. É importante avaliar qual modelo oferece a menor carga tributária.

O desconto do Imposto de Renda varia conforme o modelo escolhido. Na declaração completa, o contribuinte pode abater as despesas dedutíveis, enquanto na simplificada é possível usar o desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis. O próprio programa da Receita Federal verifica qual opção resulta em maior restituição ou menor imposto a pagar.

Comprovantes de despesas dedutíveis

Os gastos com saúde, educação, pensão alimentícia e contribuições ao PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), tanto do contribuinte quanto de seus dependentes, são formas de reduzir os impostos a pagar na declaração completa. Apesar da praticidade, cada um desses gastos possui um teto para dedução nos impostos.

Gastos com serviços médicos podem ser abatidos do Imposto de Renda, mas há limites na dedução - Foto: Divulgação/TuaSaúde/ND

Gastos com serviços médicos podem ser abatidos do Imposto de Renda, mas há limites na dedução – Foto: Divulgação/TuaSaúde/ND

Reforma de imóveis

Esses gastos podem ser considerados como custo, pois podem gerar lucro e ganho de capital quando os imóveis são vendidos ou alugados. Construção, ampliação, pintura, bem como reparos em pisos, paredes e encanamentos, são consideradas reformas. No entanto, é importante se atentar à necessidade de comprovar os serviços com o CPF e CNPJ dos prestadores.

Cônjuge

Quando a declaração é feita em casal, os rendimentos são considerados como apenas um. Apesar de essa prática elevar as chances de fazer o casal “pular” na tabela de tributação, aumentando a porcentagem a ser paga, também é possível aumentar o valor dos gastos dedutíveis. É importante analisar qual opção vale mais a pena.

Educação de dependentes com deficiência

Quando um dependente é PcD, as despesas com a sua educação não estão sujeitas ao limite de abatimento de gastos com educação e são totalmente dedutíveis. Entretanto, a declaração deve estar acompanhada de laudo médico que comprove o estado de deficiência do dependente.

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