Morto pela polícia, líder de ataque a Florianópolis era ‘extremamente violento’, diz delegado

Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (20), a Polícia Civil de Santa Catarina revelou como era o comportamento de um dos mandantes do ataque a Florianópolis em 19 de outubro de 2024. No dia, barricadas e veículos foram incendiados em vários pontos da cidade e em regiões da Grande Florianópolis. O objetivo era encobrir a fuga de criminosos envolvidos em um ataque à comunidade do Papaquara, no Norte da Ilha.

Arma apontada para região de Florianópolis

Barricadas e veículos foram incendiados em 17 pontos da Grande Florianópolis – Foto: SECOM-SC/ND

Nesta quinta-feira, dez pessoas foram presas por envolvimento no atentado, motivado por um conflito entre as facções criminosas PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e PCC (Primeiro Comando da Capital). Uma delas já está presa e o mandado foi cumprido no Complexo Prisional d’Agronômica, na capital catarinense.

Quem era liderança do PGC morta pela polícia?

Conforme revelado pelo delegado Antônio Claudio Seixas Joca, titular da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), um dos mandantes do ataque a Florianópolis era Romarinho, criminoso morto durante confronto com a polícia em janeiro de 2025.

Delegados em coletiva de imprensa

Delegados Daniel Régis, Ulisses Gabriel e Antônio Joca durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira – Foto: PCSC/Divulgação/ND

Romarinho foi baleado em uma operação no morro Santa Vitória, em Florianópolis. Conforme o delegado, ele era conhecido pela polícia por ser “extremamente violento”. Segundo o delegado Joca, ele teria ordenado o início do ataque a Florianópolis em outubro e teria mandado “matar todo mundo” durante a invasão ao Papaquara, no dia anterior.

“A gente tem áudios dele dizendo aos invasores que era para matar todo mundo, inclusive moradores que estivessem pela frente. Ou seja, eles foram com bastante munição, com armamento pesado, no intuito de realmente fazer uma chacina ali”, afirmou em coletiva.


Barricadas foram incendiadas para facilitar fuga de criminosos no Norte da Ilha – Vídeo: Redes Sociais/ Reprodução/ ND

Relembre o que motivou o ataque a Florianópolis

O ataque a Florianópolis aconteceu após uma tentativa frustrada de tomada de território do tráfico de drogas. No dia 18 de outubro, membros do PGC tentaram dominar o Papaquara, área sob controle do PCC. A PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) foi acionada após registro de um tiroteio na região da Vargem Grande, no Norte da Ilha, e controlou a situação.

As autoridades, contudo, montaram um cerco na região prevendo a possibilidade de uma nova investida criminosa. Na manhã do dia 19, o PGC tentou invadir a região novamente, mas a ação foi coibida pelos agentes da segurança.

Criminosos promoveram ataque a ônibus para facilitar a fuga de criminoso - PCSC/ Divulgação/ ND

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Criminosos promoveram ataque a ônibus para facilitar a fuga de criminoso – PCSC/ Divulgação/ ND

Gabinete de crise foi instaurado após série de atentados na Grande Florianópolis - Reprodução/ ND

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Gabinete de crise foi instaurado após série de atentados na Grande Florianópolis – Reprodução/ ND

Grupo que promoveu ataques é alvo de mandados em Florianópolis, São José e Palhoça - Reprodução/ND

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Grupo que promoveu ataques é alvo de mandados em Florianópolis, São José e Palhoça – Reprodução/ND

Durante o confronto, uma pessoa morreu e outras cinco foram presas pela polícia militar. Os criminosos acabaram se refugiando nas áreas de mata para escapar e, no início da tarde, foi dada ordem de início ao ataque a Florianópolis. Segundo o Corpo de Bombeiros, naquela data, foram 16 focos de incêndio registrados, em diferentes cidades da Grande Florianópolis.

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