Medida de Alckimin para sardinha em lata é aprovada e sindicato de SC diz lamentar

Foi aprovada pelo governo federal, nesta quinta-feira (13), a extinção do imposto de importação para 11 alimentos, incluindo a sardinha em lata, após reunião extraordinária. A medida, que havia sido anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, passa a valer nesta sexta-feira (14).

Com isso, o Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) disse lamentar a decisão. Apesar de reconhecer que a inserção de uma cota de 7,5 mil toneladas na medida ameniza a situação, o Setor afirma entender que é necessário fomentar a produção nacional.

Medida de Alckimin para sardinha em lata é aprovada e sindicato de SC diz lamentar – Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil/ Freepik/ Reprodução/ ND

O sindicato alega que a sardinha é o recurso mais importante para a pesca extrativa brasileira e sustenta uma cadeia produtiva que gera milhares de empregos em todo o território nacional.

Produção de sardinha em lata gera mais de 30 mil postos de trabalho

Cerca de 180 embarcações de cerco capturam a espécie nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, abastecendo a indústria de conserva do país. Isso corresponde a mais de 30 mil postos de trabalho apenas no estado catarinense.

“Vale salientar que a pescaria da sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) tem sido regulamentada desde a década de 70 e hoje tem o maior período de defeso entre os recursos, durante cinco meses do ano a sua captura é paralisada”, diz a nota do Sindipi.

De acordo com o Sindipi, a pescaria brasileira, realizada com respeito a todas as legislações trabalhistas e ambientais, se destaca também pela eficiência e pela superação dos desafios internos.

Extinção do imposto de importação para a sardinha em lata em deve afetar economia – Foto: Reprodução/Freepik

Sindipi levará dados ao Governo Federal

Apenas nos 10 primeiros dias da safra de 2025, já foram capturadas cerca de 9 mil toneladas. A quantidade, num curto espaço de tempo, gerou um impacto na logística e na absorção da matéria-prima pelas indústrias.

“Ante estes fatos relatados, entendemos que abrir o mercado para produto acabado vindo do exterior sem impostos, deve agravar ainda mais situações como esta”, complementa o sindicato.

Nas próximas semanas, o Sindipi afirma que levará ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio os dados mais apurados sobre o impacto da medida que afeta todo o Brasil, sobretudo de Santa Catarina.

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