Casa própria mais cara: Caixa aumenta juros para compra de imóveis no Brasil

A Caixa Econômica Federal elevou os juros do financiamento imobiliário com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). O reajuste vale desde 2 de janeiro e deixa a parcela da casa própria mais cara.

Caixa aumenta o juros e deixa casa própria mais cara

Caixa aumenta juros e deixa casa própria mais cara – Foto: Paulo Carvalho/Agência Brasil/ND

Minha Casa Minha Vida não foi afetado pelo aumento de juros

Os financiamentos do Minha Casa Minha Vida não foram afetados pelo aumento. A mudança de juros apenas afeta os financiamentos ligados ao SBPE, destinados à classe média e que são concedidos com recursos da caderneta de poupança.

Os juros da linha de crédito corrigida pela TR (Taxa Referencial) estavam, até o fim de 2024, em TR + 8,99% a 9,99% ao ano. No começo de 2025, subiram para TR + 10,99% a 12% ao ano, deixando a casa própria mais cara.

Já para as linhas corrigidas pela poupança, a taxa aumentou para a remuneração da caderneta acrescida de 4,12% a 5,06% ao ano. Anteriormente, os juros estavam em remuneração da caderneta + 3,1% a 3,99% ao ano.

Caixa justifica casa própria mais cara devido à conjuntura do mercado

A Caixa justificou o aumento que deixou a casa própria mais cara afirmando que “a definição das taxas de juros do banco se baseia na análise da associação de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais de definição das condições do crédito”.

Essa é a segunda vez em dois meses que a caixa altera as regras para o setor. Em novembro, o banco aumentou o valor da entrada de 20% para 30% e criou modalidades atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), cuja taxa está ligada à variação da Selic.

Caixa justifica aumento de juros que deixam parcela da casa própria mais cara devido à conjuntura do mercado – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação/ND

A alta da Taxa Selic, que foi de 10,5% para 12,25% em setembro, e a falta de recursos são fatores que limitaram concessão de crédito habitacional. Além disso, o mercado imobiliário enfrenta o aumento nos saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as LCI (Letras de Crédito Imobiliário), aprovadas no início de 2024.

De acordo o BC (Banco Central), a caderneta de poupança teve o quarto mês de saques líquidos consecutivos em outubro, com os correntistas retirando R$ 6,3 bilhões a mais do que depositaram.

As estatísticas da poupança em novembro serão divulgadas nesta quarta-feira (8) pela manhã. Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados.

*Com informações de Agência Brasil

Adicionar aos favoritos o Link permanente.