Rizicultores gaúchos enfrentam desafios climáticos para o início da safra de arroz 23/24

Os agricultores enfrentam desafios no início da safra 2023/2024 devido aos primeiros impactos do fenômeno climático El Niño. As fortes chuvas que causaram inundações e grandes prejuízos em parte das cidades gaúchas, também impactam a produção agrícola. Os rizicultores precisam estar especialmente atentos, monitorando de forma constante para minimizar os danos que o clima severo pode ocasionar nas lavouras.

O arroz é o cereal mais consumido globalmente e é fundamental na dieta dos brasileiros, com um consumo anual de mais de 10 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, devido aos danos causados ​​pelo clima, especialmente após a passagem de ciclone extratropical no Rio Grande do Sul – maior produtor nacional de arroz – o plantio do grão deve atrasar. Áreas de produção foram inundadas, segundo a Emater/RS. A chegada de uma frente fria e o aumento nos níveis de chuva têm preocupado os rizicultores do estado.

Sérgio Zambon, gerente sênior de Desenvolvimento de Produto da empresa química BASF, alerta para as dificuldades geradas a partir dos temporais registrados no Estado em setembro. “Apesar de ser um grão cultivado em ambientes mais úmidos, o excesso de chuvas não é benéfico para a fase do plantio. Além de favorecer o aparecimento de plantas daninhas, as chuvas trazem outros impactos, como a maior ocorrência de doenças, dificuldade na semeadura no momento correto, atenção redobrada no momento do uso de defensivos, perdas de grãos, fertilizantes e outros insumos”, explica o especialista.

Para minimizar as perdas no plantio, é crucial que os produtores de arroz aguardem o momento mais adequado por melhores condições climáticas e realizem uma análise abrangente de seus talhões. ”É fundamental adquirir insumos com antecedência, especialmente herbicidas para o controle de plantas daninhas de difícil controle, que tendem a prosperar em climas úmidos e competem com o cultivo. O manejo de doenças, desde o início com um bom tratamento de sementes, terá que ser ainda mais cuidadoso nestas condições. O planejamento e a adoção de boas práticas agrícolas desempenham um papel essencial para o sucesso desta safra”, completa Zambon.

Dicas para os rizicultores

Aqui estão algumas medidas que o especialista da BASF, Sérgio Zambon, recomenda para serem adotadas pelos rizicultores, para aumentar a produtividade com um manejo mais eficiente:

  1. Adquira insumos de forma antecipada, evitando deixar para a última hora;
  2. Realize uma análise detalhada do solo e utilize insumos de acordo com suas necessidades específicas;
  3. Dedique atenção ao preparo do solo, com foco no controle de plantas daninhas;
  4. Opte por sementes certificadas e de alta qualidade;
  5. Escolha variedades de arroz adequadas às suas necessidades e condições locais;
  6. Realize o manejo das pragas sempre de forma preventiva;
  7. Utilize inseticidas e fungicidas com base no histórico e diagnóstico da área;
  8. Mantenha cuidados preventivos com os equipamentos de aplicação, evitando erros e problemas de operação;

A escolha dos insumos

Diante de um cenário tão desafiador como o enfrentado pelos rizicultores gaúchos, a escolha dos insumos passa a ser ainda mais importante para o sucesso da safra 2023/24. O atraso no plantio expõe o cultivo a mais riscos. Por isso, é importante o uso de sementes certificadas de qualidade, tratadas e que não estejam contaminadas com plantas daninhas. Além disso, com o fenômeno El Niño a tendência é de mais chuva nos próximos meses na região Sul – o que favorece a maior incidência de fungos nos arrozais.

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