Acusados de matar brutalmente jovem que observava briga serão julgados em outubro

No dia 19 de outubro, a partir das 9h, três cidadãos argentinos acusados de provocar a morte de um jovem compatriota, na Praia da Ferrugem, em Garopaba no ano de 2006, serão julgados. O crime aconteceu no amanhecer do dia 19 de janeiro daquele ano, por volta das 5h.

Jovem, que tinha 23 anos à época, foi brutalmente assassinado no litoral. – Foto: Divulgação/TJSC/ND

Relembre o caso

Os três acusados responderão pela morte da vítima. Dois deles, por lesões corporais seguidas de morte; um por homicídio agravado. A conexão entre os crimes levou o trio ao banco dos réus. Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima, um jovem de 23 anos à época, apenas observava uma briga entre veranistas da entrada de sua pousada, quando teria feito um comentário em voz alta sobre o ato.

Os três argentinos ouviram sua fala e mudaram a direção da agressividade para o rapaz e partiram sobre a vítima aos socos. Um deles fez com que o jovem fosse jogado ao chão e perdesse a consciência. Neste momento, um dos agressores apanhou um bloco de pedra que estava no chão, levantou sobre sua cabeça e atirou sobre o tórax do compatriota caído. A perícia apontou posteriormente que a pedra pesava 17 quilos.

Neste mesmo dia, os três retornaram para a pousada em que estavam hospedados, arrumaram as malas e partiram de retorno para Corrientes, capital da província do mesmo nome, na região norte da Argentina, cerca de 900 quilômetros de Buenos Aires. A polícia chegou aos seus nomes com o auxílio dos responsáveis pelo estabelecimento, que dispuseram suas fichas cadastrais e licenças dos veículos.

Morosidade no processo

O caso gerou grande repercussão no país vizinho e o fato dos envolvidos e boa parte das testemunhas serem estrangeiros provocou morosidade processual, com a necessidade de expedição de inúmeras cartas rogatórias – instrumento jurídico para comunicação entre as justiças de países diferentes, com o objetivo de obter a colaboração para a prática de atos processuais – e prazos dilatados de cumprimento.

Homens não foram presos

O trio não chegou a ser preso. Foram ouvidos por rogatórias e negaram participação nos fatos, inclusive, disseram sequer conhecer a vítima. A sessão do júri acontecerá na Câmara de Vereadores de Garopaba, de forma totalmente presencial. Foram selecionadas 20 testemunhas – cinco de acusação e 15 pela defesa dos três acusados.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.