8 de janeiro: deputado quer convocar Flávio Dino por destruição de provas

O deputado federal e vice-líder da oposição na Câmara, Evair Melo (PP-ES), apresentou um requerimento de convocação, solicitando a presença do ministro da Justiça, Flávio Dino. O objetivo é que o ministro esclareça a exclusão das imagens do circuito de segurança do ministério ocorrida em 8 de janeiro.

“Cobramos na CPMI [do 8 de janeiro] a liberação das imagens do Ministério e Dino negou. Mas, ontem tivemos a informação, pela imprensa, que as imagens das câmeras que registravam as laterais, a parte de trás e o lado de dentro do prédio foram apagadas. Um verdadeiro atestado de culpa do governo Lula”, afirmou o deputado.

As imagens capturadas pelas câmeras internas de segurança do Ministério da Justiça e Segurança Pública, datadas de 8 de janeiro (o dia da depredação nas sedes dos Três Poderes), foram apagadas e não estão mais disponíveis. Todas as cenas gravadas no circuito interno do MJSP são supostamente automaticamente excluídas após 15 dias.

A exclusão pode ser considerada semelhante às táticas usadas em regimes ditatoriais para apagar provas de crimes. Quando questionado, Dino debochou: “Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não, não vão. Não vão aparecer infiltrados e não vai aparecer a prova desse terraplanismo que eles inventaram”.

A dúvida que surge entre opositores do governo é a seguinte: por que o sistema de auto-exclusão de arquivos nunca foi mencionado nos três meses de investigação e por que ele não excluiu diversas gravações que foram usadas para incriminar o GSI?

Sete meses após a série de ataques, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro formalmente solicitou acesso às imagens internas do ministério. O ministro Flávio Dino alegou que as entregaria somente com a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o ministro Alexandre de Moraes tenha emitido essa autorização, Dino forneceu imagens apenas de duas câmeras, localizadas fora do perímetro do ministério.

Se as imagens de duas câmeras do circuito interno do ministério do dia dos ataques ainda estão disponíveis, por que essas também não foram apagadas após os 15 dias estabelecidos?

Passados sete meses desde a série de ataques, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro tinha formalmente requisitado acesso às imagens internas do ministério. O ministro Flávio Dino alegou que somente as entregaria mediante autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o ministro Alexandre de Moraes tenha emitido essa autorização, Dino providenciou imagens somente de duas câmeras, situadas fora do perímetro do ministério.

Se as imagens de duas câmeras do circuito interno do ministério do dia dos ataques ainda estão disponíveis, por que essas também não foram eliminadas após os 15 dias estabelecidos?

Essa ação gerou insatisfação por parte do comando da comissão, que demandou o acesso a todas as imagens. No entanto, os registros já não existem.

Diante dessa situação, o deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da comissão, afirmou: “Decidimos dar um prazo de 48 horas para que o ministro Flávio Dino entregue as imagens das câmeras do Ministério da Justiça do dia 8 de janeiro. Caso o ministro insista em sua negativa, vamos pedir ao STF que determine o compartilhamento imediato”.

Fonte: Brasil sem Medo

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