‘Dança das gigantes’: descubra as surpresas da temporada deste ano das baleias-francas em SC

A próxima temporada das baleias-francas no Litoral catarinense tem grandes expectativas para ser a melhor possível e superar a de 2022, ainda que, de acordo com a equipe do Projeto ProFRANCA, elas devem chegar em breve.

“Principalmente por já terem sido avistadas no litoral gaúcho”, explica a bióloga e diretora do projeto, Karina Groch.

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Expectativa para esta temporada das baleias-francas cresce entre os catarinenses – Foto: ProFRANCA/Divulgação/ND

Segundo Karina, em breve teremos os primeiros avistamentos, próximos às praias do sul do estado. Ela lembra que, somente em dois dias, entre 20 e 21 de setembro de 2022, os sobrevoos do ProFRANCA detectaram cerca de 250 delas, entre mães e filhotes.

Na ocasião, as maiores agregações estavam na enseada das praias da Guarda do Embaú (Palhoça) e Gamboa (Garopaba), Siriú e praia central de Garopaba (Garopaba), Vila e Itapirubá Norte (Imbituba).

Desde o monitoramento, iniciado na década de 1980, o maior número foi registrado em 2018, quando 273 baleias foram avistadas.

“O trabalho de conscientização e de monitoramento tem sido essencial para sua preservação, conservação e aumento de indivíduos. Daí nosso otimismo”, esclarece Karina.

Reprodução e temporada das baleias

A época de reprodução das baleias-francas, no Brasil, geralmente ocorre de julho a novembro, com o pico de ocorrência em setembro. Porém, os padrões reprodutivos desses animais tem flutuações, como explica Eduardo, Gerente de Pesquisa do ProFRANCA.

Temporada de baleias deste ano pode ser afetada pelo ciclo de reprodução – Foto: ProFRANCA/Divulgação/ND

“A baleia-franca possui um ciclo reprodutivo trianual, porém temos observado alterações nesse padrão. Normalmente estas mudanças são associadas a falhas reprodutivas das fêmeas”, diz Renault.

Segundo ele, estas falhas podem acontecer ou quando a fêmea perde seu filhote ou ela simplesmente não engravida. O que vem levando a essa alteração no ciclo ainda segue “um mistério”.

“Indícios fortes indicam estarem relacionados a mudanças climáticas que alteram a disponibilidade de alimento. Atualmente prever o andamento da temporada é um grande desafio, pois muitos fatores externos à área reprodutiva vêm afetando a vida das baleias-francas”, observa Renault.

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