Onde foi parar o ciclone bomba que passou por Santa Catarina

Um ciclone bomba chamou atenção nos últimos dias com a possibilidade de influenciar no clima de Santa Catarina e dos demais Estados do Sul e parte do Sudeste do Brasil. No domingo (2) foram registras temperaturas de até 0 °C e mar agitado.

O ciclone bomba afetou o mar e baixou as temperaturas em Santa Catarina. — Foto: Metsul/Reprodução/ND

O Metsul monitora o ciclone e informou que o fenômeno se afastou nos últimos dias da América do Sul e agora está ao Sul da África, aproximando-se da Antártida. Conforme o monitoramento, o ciclone cruzou de hemisfério e se encontra no hemisfério oriental do planeta.

Conforme informações do Metsul, não é incomum que ciclones percorram longas distâncias no Atlântico Sul e alcancem áreas perto da África, especialmente em se tratando de ciclones mais intensos no outono, inverno e primavera.

Conforme o monitoramento, o ciclone cruzou de hemisfério e se encontra no hemisfério oriental do planeta.  – Foto: Metsul/Reprodução/ND

A passagem do ciclone

O ciclone extratropical passou pelo Atlântico Sul e influenciou as condições do tempo e do mar no Brasil no começo desta semana. O fenômeno passou pelo mar e não pelo continente.

Conforme o Metsul, o sistema foi responsável por impulsionar uma massa de ar frio derrubou a temperatura no Sul e parte do Sudeste do Brasil. Santa Catarina registrou minima de 0 °C.

O sistema se formou sobre o mar, na região de Buenos Aires, na Argentina, e seguiu sobre o oceano durante todo o tempo. Em nenhum momento se aproximou da costa brasileira. A intensa ventania sobre o oceano gerou fortes ondas e atingiu os litorais do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro com ressaca e maré de tempestade.

Em Santa Catarina, na praia da Silveira, em Garopaba, um vídeo flagrou uma onda forte. Durante o domingo (2), o mar permaneceu muito agitado no Litoral Sul, com ondas de sul a sudeste, entre 2 e 3 metros e picos de 3,5 metros.

Dois banhistas desapareceram no domingo nas praias de Bertioga e Guarujá, no litoral de São Paulo, durante a forte ressaca.  Segundo os Bombeiros Marítimos, um dos desaparecidos tinha 23 anos e era morador de Guarulhos/SP e o outro não foi identificado.

Entenda como se formou o ciclone

O ciclone nasceu em um centro de baixa pressão na costa de Buenos Aires no dia 31 de março. Já no sábado (1°) passou por um processo de rápido aprofundamento com queda da pressão atmosférica no centro do sistema, configurando o que se denomina de um ciclone bomba.

Na manhã do domingo, a tempestade no Atlântico Sul estava a cerca de dois mil quilômetros a Sudeste do litoral do Rio Grande do Sul. Os ventos intensos provocaram o resfriamento das águas do Atlântico Sul.

No mapa é possível ver a diferença de temperatura da superfície do mar nos últimos sete dias numa enorme área do Atlântico Sul entre os litorais da Argentina e do Sudeste do Brasil, as águas ficaram mais frias nos últimos dias pela influência do sistema do começo desta semana. — Foto: Metsul/Reprodução/ND

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